Não tem como negar que é difícil empreender no Brasil. Empreender, sendo mulher, é mais difícil ainda. Mesmo assim, isso não impediu o crescimento do empreendedorismo feminino, especialmente nos últimos anos, fazendo mulheres empreendedoras assumirem posições de destaque no mundo dos negócios que sempre foi dominado e comandado pelos homens.
Ao contrário do que muitos podem pensar, a força do empreendedorismo encabeçado por mulheres não promove apenas transformações no âmbito social, mas também no âmbito econômico.
Afirmar que o empreendedorismo feminino é apenas um termo que designa negócios criados ou gerenciados por mulheres, sem dúvida, é simplório demais.
Em uma sociedade onde a representatividade feminina e o empoderamento da mulher são tão importantes, o empreendedorismo feminino vai muito além, contribuindo para romper barreiras sociais estigmatizadas por tanto tempo e provando que lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive impactando positivamente na economia em escala global.
Para podermos nos aprofundar no assunto, precisamos então começar pelo básico: o feminismo.
Feminismo é um movimento que luta por direitos iguais para as mulheres.
A definição é simples, mas a complexidade por trás de tudo o que envolve o feminismo é um pouco maior.
O feminismo como movimento organizado, não como ações pontuais contestatórias de mulheres inconformadas com as injustiças da sociedade patriarcal, surge com a Revolução Francesa.
Esse período é marcado por grandes revoluções liberais inspiradas pelos ideais iluministas, ideais que se pautavam no uso da razão e no estudo e aplicação das ciências.
Não à toa, esse período histórico ficou conhecido como “Século das Luzes”, sendo considerado o início da Idade Moderna.
Com a absoluta fé na razão em moda, algumas tradições – como beijar a mão de monarcas “escolhidos por Deus” – passaram a receber mais questionamentos. Pagar altos impostos para esses monarcas, então, nem se fala.
Não demorou muito para cabeças literalmente rolarem e se desenvolver um sistema de governo considerado mais justo, racional. Claro que não sem antes muito derramamento de sangue, perseguições, terrorismo, enfim, o que a humanidade sabe fazer de melhor.
A Revolução Francesa foi a que melhor representou esse espírito contestatório e que aplicou mudanças profundas e indeléveis não só na sociedade francesa, mas na civilização ocidental como um todo.
Nesse sentido, o feminismo surge na esteira desse período de mudanças, de quedas de monarquias, de criação de novas instituições, nova divisão de poderes. E de uma forma bem curiosa: apontando o conservadorismo dos revolucionários.
O modelo de sociedade no qual vivemos foi pautado pelo modelo patriarcal, à prevalência do homem hétero e branco sobre os demais. Logo, o que conhecemos como machismo não nasceu de um dia para o outro; é uma construção social.
Apesar da popularidade e da difusão de ideias feministas terem aumentado, isso não significa que as injustiças diminuíram na mesma escala.
Falando sobre empreendedorismo feminino, mulheres continuam ganhando menos que homens, mesmo exercendo as mesmas funções de trabalho.
Mulheres continuam assumindo menos cargos de liderança, apesar de serem a maioria da população brasileira. Esse cenário se repete em escala mundial.
Mulheres continuam tendo menos representação na política, apesar de serem a maioria da população.
A desvalorização da mulher no mercado de trabalho é constante.
Mas, esses são os números mais suaves.
O Brasil registra 1 estupro a cada 8 minutos.
Uma mulher é morta a cada duas horas no país.
Estudos apontam que em 71% desses casos de feminicídio, ou mesmo em tentativas, os parceiros homens são suspeitos.
Ou seja, ser feminista, para uma mulher, não se trata de uma questão de modismo e realmente vai muito além do empreendedorismo feminino; se trata da defesa natural de sua existência como cidadã livre e dotada de direitos em meio a uma sociedade que lhe é claramente desfavorável.
Ser feminista é lutar pelo direito de existir como cidadã plena sem prejuízos de terceiros, mas em igualdade de condições por ter o mesmo valor como indivíduo de forma incontestável.
Um direito básico. Desde quando isso é “moda”?
Aliás, ser feminista, mesmo não sendo mulher, não é uma ação publicitária malandra para ganhar pontos com o público feminino.
É a consciência de se viver em uma sociedade injusta e que deve ser discutida e modificada a bem da defesa dos valores elementares de cidadania e humanidadegulf watch replica real gold rolex vs fake
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Segundo o Sebrae, em uma pesquisa de 2018, com fontes importantes como a Global Entrepreneurship Monitor, há alguns dados interessantes sobre o empreendedorismo feminino no Brasil:
Um ponto interessante a respeito do empreendedorismo feminino é que muitas mulheres decidem empreender por necessidade. Isso fica claro ao analisarmos uma das estatísticas apresentadas no tópico sobre feminismo: as mulheres ganham menos que os homens, ainda que exerçam os mesmos cargos.
Fomentar o empreendedorismo feminino é fundamental para que o público feminino consiga aumentar seus rendimentos.
É preciso abrir espaço para que as empreendedoras possam contribuir para a sustentabilidade do mercado de trabalho e para a criação de negócios cada vez mais plurais e poderosos, fortalecendo a economia em escala global.
Dificuldade para obter valorização e reconhecimento simplesmente por ser do sexo feminino, sobrecarga física e emocional por enfrentar uma complicada jornada múltipla e falta de incentivo familiar são alguns dos principais desafios que milhões de mulheres empreendedoras têm enfrentado.
Mesmo as mulheres mais poderosas da atualidade já encontraram muitas pedras no caminho, mas não desistiram.
Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho da rede Magazine Luiza e uma das maiores empreendedoras brasileiras da atualidade, começou sua carreira na área de vendas, aos 12 anos, abrindo mão das férias escolares para trabalhar.
Ela ingressou na rede de lojas da tia, Luiza, que dá nome ao grupo, e lá começou a crescer e aprender conceitos que seriam importantíssimos para sua carreira, passando por diversos cargos ao longo dos anos.
Hoje, mesmo atuando como presidente da Magazine Luiza, a empreendedora afirma que nunca se distanciou do dia a dia da empresa. Ela gosta de lidar com pessoas, de ajudar pessoas.
Sobre as dificuldades, ela encara sempre como aprendizados.
Camila Farani é outro destaque entre as empreendedoras brasileiras.
Aos 16 anos, começou a trabalhar na tabacaria administrada pela mãe e pelo irmão.
Aos 20 anos, uma mudança sugerida trouxe sucesso para o empreendimento, despertando em Camila a ideia de que era possível fazer muita coisa acontecer a partir do seu ponto de vista incoformista e diferente.
Hoje, ela é um grande exemplo de liderança feminina, ocupando o cargo de presidência no primeiro grupo de investidores-anjo do Brasil, a Gávea Angels. Ela também está à frente do MIA (Mulheres Investidoras-Anjo).
Sobre as dificuldades que as mulheres enfrentam no mercado de trabalho, Camila acredita que é preciso ter mais autoconfiança e autoconhecimento. Para ela, o público feminino precisa traçar metas concretas e lutar para atingi-las.
Ainda, sobre a importância do empreendedorismo feminino, ela diz que precisou subir muitos degraus para chegar onde chegou. Na sua visão, as mulheres têm que trabalhar seus pontos fortes em seu próprio benefício, não para provar nada a ninguém.
Vamos ver, a seguir, quais são as maiores barreiras que as empreendedoras brasileiras encontram pelo caminho.
Sem dúvida, um dos grandes desafios das mulheres que decidem empreender é enfrentar a discriminação de gênero que impacta todos os setores da sociedade, incluindo os negócios.
Os indivíduos do sexo masculino ainda são vistos como mais competentes quando o assunto envolve o mundo corporativo. A raiz do problema, aliás, é bastante profunda.
Em muitas escolas, desde bem pequenas, as crianças do sexo feminino geralmente são introduzidas e incentivadas a realizarem atividades envolvendo o lar e os filhos, enquanto as crianças do sexo masculino recebem atividades envolvendo negócios, bens materiais como carros, etc.
As empreendedoras sofrem julgamentos, preconceitos e injustiças. Pode ser difícil fazer o seu negócio prosperar, especialmente se seus clientes forem empresas comandadas por homens ou mesmo clientes finais do sexo masculino.
As mulheres precisam se provar a todo momento quando estão inseridas no empreendedorismo feminino. Em várias situações, é exigido que elas atestem sua capacidade de empreender, algo que certamente não ocorre quando um negócio é comandado por empreendedores do sexo masculino.
Por uma herança cultural, as mulheres são pressionadas a serem responsáveis pelo lar e pelos filhos.
Para se ter uma ideia, de acordo com a pesquisa GEM 2018 divulgada pelo Sebrae, as mulheres passaram cerca de 73% mais horas lidando com afazeres domésticos do que os homens. Foram 10,5 horas semanais que os homens dedicaram ao lar, contra 18,1 horas que as mulheres fizeram isso.
Dessa forma, fica claro que a jornada múltipla é um dos grandes desafios que a empreendedora ainda enfrenta, acarretando uma sobrecarga física e emocional alta.
A coisa fica ainda mais complicada nos casos de cargos de liderança, onde as responsabilidades da vida profissional são ainda maiores.
Infelizmente, muitas vezes, as mulheres empreendedoras sofrem também com a falta de incentivo da família – e até de amigos.
Nesses casos, a pressão para que a mulher “não abandone a casa, os filhos ou o marido” pode fazer com que o sonho de empreender seja substituído por um sentimento de culpa ou incapacidade.
Mesmo aquelas mulheres que decidem seguir em frente, a despeito do pouco incentivo da família, podem ser atingidas, em algum momento, por um certo abalo em sua autoconfiança. Isso, certamente, só traz prejuízos para o seu empreendimento.
A mulher que decide assumir o controle de um empreendimento precisa ter algumas características básicas. Sem elas – e ainda com o “brinde” de todos os desafios que as mulheres empreendedoras ainda enfrentam quando decidem seguir esse caminho –, é muito difícil obter sucesso.
Vamos ver, em seguida, quais são as principais características que a liderança e o empreendedorismo feminino exigem para não ser atropelada pelo mercado de trabalho.
Discriminação de gênero, jornada múltipla, falta de incentivo, dificuldade em obter crédito… já sabemos de tudo isso. Porém, ainda existem os desafios advindos do próprio ato de empreender.
Para ser uma empreendedora bem-sucedida, é preciso conseguir enxergar os problemas como oportunidades de crescimento.
Tem uma frase do Mario Sergio Cortella, do livro “Qual é a tua obra?”, que gostamos muito:
“Você não aprende com os seus erros. Você aprende com os seus acertos.”
Erre bastante. Quanto mais você errar, mais perto estará de acertar.
Aliás, ser tolerante ao estresse não significa fingir que está tudo bem quando não está. Signfica usar obstáculos como degraus. É clichê, mas é assim que funciona.
Empreendedores precisam gostar de identificar problemas e descobrir como solucioná-los. Afinal, você não vende produtos ou serviços para o seu cliente; você vende soluções.
Imagine que só existam panelas de inox com cabos de inox. Esses cabos esquentam, afinal, o inox é condutor de calor. Então, você decide propor uma solução para esse problema. A ideia é criar panelas de inox com cabos que não esquentam.
Como você vai propor essa solução? Resolvendo problemas, como:
Todos os outros processos também apresentarão problemas a serem solucionados. Desde o desenho da panela até a escolha da empresa de transporte que irá enviar seu produto para as lojas, você precisará estar disposta a resolver tarefas simples ou complicadas. Esteja ciente disso.
Empreender é colocar em movimento. A proatividade é uma habilidade essencial da empreendedora, uma vez que pode evitar que situações não planejadas ou não observadas com cautela se transformem em urgências e tragam o caos para suas operações.
A pessoa reativa é aquela que espera que algo aconteça para tomar uma ação. Pelo contrário, a pessoa proativa observa siuações e se antecipa a elas.
Sem a proatividade, a mulher empreendedora pode enfrentar problemas com o fluxo de caixa, com os projetos, serviços ou produtos e até mesmo com os funcionários, clientes e fornecedores. Com isso, pode comprometer sua carreira e seus negócios.
Gostamos de chamar de “empreendedorismo consciente” o conceito de traçar objetivos e metas atingíveis. Sonhar é ótimo (aliás, quanto mais você sonhar, melhor). Mas, sonhar não necessariamente tem a ver com concretizar.
O empreendedorismo feminino precisa ter objetivos pautados por metas plausíveis. Vale lembrar que as metas são as pequenas tarefas e ações a serem cumpridas para alcançar determinado objetivo.
Suponhamos que você seja uma empreendedora do ramo alimentício, mais precisamente da confeitaria. Nesse cenário, se você definir, por exemplo, o objetivo de vender 600 bolos no primeiro ano, o ideal é dividir em pequenas metas. A conta mais prática, portanto, seria vender 50 bolos por mês.
Porém, você precisa avaliar detalhes como:
Muitos negócios não dão certo porque falta planejamento e liderança consciente. Não perca isso de vista.
Sem dúvida, o empreendedorismo feminino é uma tendência em pleno crescimento. Aos poucos, o mercado de trabalho está se adaptando e ajudando a inspirar cada vez mais mulheres a começarem seus negócios.
Seja por necessidade em aumentar a fonte de renda, ideologia ou desejo de independência financeira, as mulheres empreendedoras que decidem trilhar esse caminho e criar o próprio negócio precisam enfrentar muitos obstáculos, tais como conciliar vida pessoal e profissional, lidar com discriminações de gênero e suportar a carga física e emocional das múltiplas jornadas de trabalho, conforme vimos anteriormente. As mulheres, inclusive, pagam taxas mais caras na obtenção de crédito.
Desde 2011, a Pandartt, idealizada por duas mulheres, apoia o empreendedorismo feminino e busca contribuir para a criação de um ecossistema onde mulheres trabalhem de forma cooperativa, compartilhando seus conhecimentos e evoluindo suas capacidades.
Embora ainda tenhamos um longo caminho para trilhar, o empreendedorismo feminino é uma tendência que não podemos ignorar. E então, você está pronta para promover transformações sociais e econômicas com a força do seu trabalho? Que tal inspirar outras mulheres? Deixe sua opinião nos comentários abaixo. Vamos adorar saber!