Se você trabalha com marketing de conteúdo, é bom entender o que é keyword stuffing. A princípio, saiba que essa técnica só traz prejuízos para o seu posicionamento no Google. A prática está diretamente ligada ao uso de palavras-chave em um texto.
Neste guia, vamos descobrir o que acontece quando você exagera na quantidade de keywords na esperança de conseguir um bom ranqueamento nos buscadores. Boa leitura!
“Stuff” é um verbo inglês que significa “encher”. Já “stuffing” é um substantivo que, em português, corresponde a algo como “deixar cheio”, “rechear”. É também a tradução para “recheio”.
Trazendo isso para o contexto de SEO, podemos entender “keyword stuffing” como a prática de encher um texto de palavras-chave para tentar conseguir um melhor posicionamento orgânico no Google.
Se, há alguns anos, a prática era até considerada, agora é realmente coisa do passado. Os motores de busca evoluíram o bastante para entender que um texto onde a mesma palavra-chave é repetida de forma exagerada não é, de fato, de qualidade.
Então, por que o keyword stuffing continua a ser usado? A resposta é simples: puramente por falta de informação. Na verdade, a técnica poderia até ser útil no período em que surgiu, mais ou menos na mesma época que outras técnicas de SEO surgiram.
Há alguns anos, a técnica tinha efeito porque os robôs do Google não eram capazes de detalhar a qualidade do conteúdo. Sendo assim, o número de palavras-chave era, por si só, um critério relevante.
Se você quisesse ranquear na busca orgânica pela palavra “desentupidora em Santa Catarina”, por exemplo, bastava criar uma página com um conteúdo de 500 palavras e, dentro disso, repetir o termo 50 vezes. Fácil, não?
Assim como toda engenharia, que a cada ano fica mais aprimorada, as ferramentas de SEO não fogem à regra. Hoje em dia, o Google consegue detectar quando uma palavra é disposta naturalmente no texto – de maneira idêntica no caso contrário, ou seja, quando é utilizada várias vezes de modo proposital, mesmo que não seja necessário.
A tentação, às vezes, pode ser grande. Se o objetivo do SEO é ter um melhor posicionamento orgânico no Google com certas palavras-chave, por que não criar um texto para repetir tal termo até a exaustão?
Parece a solução mais fácil para um problema delicado e complexo como o da otimização dos conteúdos para os motores de busca. No entanto, o resultado é o oposto e, de brinde, você ainda recebe um castigo do Google.
Para entender como é a punição por uso de keyword stuffing, é bom repassar alguns conceitos básicos de SEO.
Com certeza, essa sigla que significa, em português, “otimização para motores de busca”, é a chave de qualquer negócio de sucesso. Sem dúvida, o primeiro resultado do SEO é melhorar a visibilidade de um site ou blog. Quem está no ramo, porém, sabe bem que a visibilidade como um fim em si mesma não é um indicador da validade das atividades que estão sendo realizadas.
O objetivo final do SEO, como todos os outros negócios digitais, é gerar conversões. Por isso, uma vez gerado o tráfego para o site, o SEO também cuida de todos os fatores que podem facilitar a navegação do usuário.
Para poder fazer o motor de pesquisa entender o conteúdo do nosso site, é fundamental perceber como ele pensa, recupera e elabora a informação. Qualquer mecanismo de busca funciona em três etapas, que se repetem a cada busca. Vejamos mais sobre elas a seguir.
Neste processo, o sistema de busca usa um software de robô, também chamado de rastreador ou spider, para varrer a rede em busca de novos conteúdos. O robô é capaz ler tudo sobre o seu site, percorrendo as páginas através dos links internos. Sua tarefa é tornar seu trabalho o mais fácil possível.
Enquanto o rastreamento ainda está em andamento, o robô armazena as informações obtidas no banco de dados do mecanismo de pesquisa. Ao mesmo tempo, a máquina classifica os dados de acordo com a relevância em relação à palavra-chave pesquisada.
Uma vez analisados, os resultados da verificação são classificados e devolvidos ao usuário dentro do SERP (Search Engine Results Page). Essa outra sigla não é difícil de entender. O SERP é um ranking influenciado por mais de 200 fatores que pode variar de uma pesquisa para outra e até mesmo de um usuário para outro.
De acordo com o Google, a classificação do SERP é variável. Mas, isso não é tudo que é importante sublinhar.
Com base no comportamento do usuário, o mecanismo aprende se os resultados enviados são úteis e se respondem à intenção de pesquisa. Caso contrário, os pesos passam por uma nova avaliação que fará outro ranking. Além disso, a estrutura exata do algoritmo é secreta e segue em constante atualização.
Por todas estas razões, ninguém pode ter a certeza absoluta ou a garantia de classificar um site por uma ou mais palavras-chave.
Como você deve ter entendido, o trabalho do Google para melhorar a interpretação e a proposta de conteúdo para os usuários é constante.
Então, qual é a melhor maneira de não correr o risco de “afundar” na próxima atualização do algoritmo? Comporte-se bem, siga as regras e busque a qualidade em todos os aspectos, tanto para o mecanismo de busca quanto para o usuário.
O Google penaliza o conteúdo que acredita ter excesso de palavras-chave. O sistema de busca foi criado para mostrar resultados relevantes, eficazes e que de fato são úteis para o usuário. Em suma, um texto que contém a mesma palavra-chave repetida várias vezes (de forma exagerada) não condiz aos altos padrões de qualidade que o Google define.
Os robôs entendem quando um conteúdo não foi escrito para usuários, mas com o único objetivo de satisfazer o posicionamento no Google e seu algoritmo. Dessa forma, o sistema indica que os textos que utilizam essa técnica não são capazes de fornecer informações de forma clara, derrubando seu posicionamento nos resutados orgânicos.
A falta de conexão entre os termos e o texto implica na qualidade do conteúdo. Assim, o efeito é inverso porque, sem informações objetivas, o Google não avalia como oportuno colocar a página nas primeiras colocações no ranking.
A técnica surgiu de forma considerada espontânea, intuitiva, já que seu foco principal era aplicar as palavras-chave nos conteúdos e páginas a fim de “forçar” um melhor posicionamento orgânico no Google. No entanto, no caso do keyword stuffing, não se trata apenas de utilizar palavras-chave de qualidade, mas sim de escolher vários termos com o principal intuito de manipular os resultados.
A ideia é simples. Quanto mais palavras-chave em artigo, maiores são as probabilidades de alcançar os primeiros resultados nos sites de busca, como o Google.
Contudo, essa tática pensada como infalível não imaginava que os robôs também eram espertos – e muito. Se muitas palavras sem relevância forem usadas no texto, os robôs também conseguem perceber que estão tentando enganá-los. E, claro, existe punição para isso.
Ao encontrar conteúdos com keyword stuffing, o sistema os classifica como artificiais. Como resultado, a punição está ligada às posições no SERP, mas, por vezes, pode excluir a página de vez do ranking.
É por isso que a técnica foi incluída nas práticas chamadas de “black hat”. Ou seja, uma lista de técnicas “obscuras e proibidas” que é sempre bom evitar usar em qualquer estratégia de SEO.
Nós, da Pandartt, não gostamos do termo black hat. No nosso ponto de vista, a conotação pode ser racista pelo fato de julgar que essa é uma prática ruim.
O mesmo vale para outros termos bastante difundidos e que, se analisarmos bem, não deveriam nunca mais serem usados. Isso vale para humor negro, mercado negro e lista negra, por exemplo. O uso remete à ideia de que tudo que é associado ao negro é ruim.
Ainda nesse leque de termos que devem ser aposentados, está o exemplo de inveja branca. Ora, só porque é branca, tem ideia de algo positivo? Ademais, inveja boa não deixa de ser inveja, não é mesmo?
Entretanto, infelizmente esses conceitos de “preto” para situações ruins e “branco” para situações boas permeiam em nossa sociedade, assim como na esfera digital. Além do black hat SEO, ainda encontramos o termo white hat SEO que representa a estratégia boa de otimização de conteúdo.
Agora, para acabar de vez com esses rótulos racistas, vamos combinar uma coisa? Daqui para frente, vamos tratar apenas como SEO bom e SEO ruim.
Existem várias maneiras de encher seu texto com palavras-chave de forma exagerada. Embora muitos recorram a essas técnicas para tentar posicionar seu conteúdo, é melhor ficar bem longe dessa prática que pode ser feita das maneiras elencadas a seguir.
Neste caso, a mesma palavra-chave é usada de forma obsessiva em um texto.
Às vezes, a competição por palavras-chave mais genéricas pode parecer desesperada. Por exemplo, um blog de viagens quer fazer um artigo sobre praias do estado de São Paulo. Em sua busca pelas melhores palavras-chave, escolheu usar “praias do litoral paulista”.
Então, por que não repetir a mesma palavra-chave “praias do litoral paulista” em cada parte do texto, mesmo quando isso não importa?
“Já falei sobre as praias do litoral paulista? São várias as opções de praias do litoral paulista. As praias do litoral paulista são lindas. Hoje, vamos conhecer as praias do litoral paulista. Você precisa conhecer as praias do litoral paulista.”
Acho que já deu para entender as diferentes formas de encher um texto ao máximo com as palavras-chave. O parágrafo anterior ainda ilustra que o excesso de repetições, além de não agradar os robôs, também torna o texto chato para o leitor. Por isso, o Google condena os conteúdos feitos com essa técnica ruim de SEO.
Você pode evitar esse erro aproveitando alguns plug-ins do WordPress. Eles examinam o texto para verificar a densidade das palavras-chave que, em média, deve ser de 3%, no máximo.
Caso um termo seja inserido em todos os parágrafos apenas para tentar fazer com que o Google apresente um bom posicionamento orgânico desse conteúdo, um grande equívoco está sendo feito.
Em geral, o buscador pune todas as páginas com esse aspecto, derrubando sua posição na SERP. Em alguns casos, deixa até de indexar (ou seja, de mostrar nos resultados de busca) aquela URL.
Outra tática é a inclusão de palavras-chave fora de contexto. Só para ilustrar, vamos continuar com “praias do litoral paulista”.
Bem, este artigo que você está lendo fala sobre keyword stuffing, um assunto completamente diferente do exemplo. Então, como já citamos essa palavra-chave várias vezes naquele parágrafo de exemplo, poderíamos definir “praias do litoral paulista” como outra palavra-chave desse conteúdo para tentar posicioná-lo nessa busca também, certo?
Não. Esse pensamento está 100% errado.
Os artigos com conteúdo fora de contexto buscam burlar o algoritmo. Eles tentam se aproveitar de termos que estão em alta no momento. Seria, por exemplo, o caso de encher um texto sobre a “expansão do Império Romano” com termos como “coronavírus” ou “resultados das eleições”.
Os robôs do Google são inteligentes o suficiente para saber que, literalmente, uma coisa nada tem a ver com a outra. Então, além de não posicionar seu conteúdo para os termos “coronavírus” ou “resultados das eleições”, você ainda pode derrubar seu posicionamento para o termo “expansão do Império Romano”.
A prática consiste em inserir as palavras-chave em uma página de forma invisível. Os termos são escritos na mesma cor do fundo do site para que o usuário não consiga ver, mas os robôs podem captar qualquer texto de um site, seja qual for a sua cor.
De fato, o conteúdo invisível não tem nenhuma utilidade para o usuário final (e nem o atrapalha), visto que a leitura é impossível de ser feita. No entanto, o Google é inteligente o suficiente para identificar os piratas que fazem esse tipo de SEO ruim.
Uma análise cuidadosa de palavras-chave é o pilar que suporta qualquer estratégia de SEO. A busca pelas melhores palavras-chave para descrever nosso negócio pode ser feita usando diversas ferramentas, que vão desde profissionais até o planejador do Google Ads. Outra dica é usar as sugestões do próprio sistema de busca.
Além disso, é sempre bom realizar uma análise dos concorrentes. Na verdade, é bom conhecer a situação competitiva na SERP em que você quer se posicionar e entender o que os outros estão fazendo para você fazer melhor.
Voltando à escolha das palavras-chave, muitas vezes pode ser difícil conciliar as que são muito gerais, com altos volumes de pesquisa e consultas muito específicas. O melhor a fazer é escolher um mix de palavras-chave de vários tipos, em especial se tem um domínio que não tem a popularidade muito alta ainda.
Finalmente, depois de identificar as palavras-chave para as quais deseja ranquear, você precisa criar páginas perfeitamente otimizadas para interceptar e responder às necessidades dos usuários. A estrutura do site e a distribuição dos conteúdos dentro dele devem ser estudadas, a fim de evitar múltiplas páginas que competem pela mesma SERP.
Em resumo, para evitar o keyword stuffing é preciso usar as técnicas de SEO de maneira correta. Por isso, podemos observar sete áreas que devem merecem muito a nossa atenção.
É importante sempre testar, antes de otimizar um site, se as palavras-chave que você deseja são consistentes com a intenção de pesquisa dos usuários que as procuram. Por isso, é fundamental sempre estudar o SERP e o conteúdo dos demais sites.
Por mais que existam fatores de influência, o conteúdo continua sendo o primeiro “ponto de apoio” para o Google entender do que se trata uma página. Por isso, é preciso saber como escrever um artigo da perspectiva de SEO.
A forma de relacionar os conteúdos dentro do site é importante e está vinculada ao estudo da árvore, que é a estrutura interna de um site. A forma como as páginas se relacionam permite dar mais força a uma página do que a outra.
Só para exemplificar, a página inicial é geralmente a página mais forte do site, porque todas as outras têm links para ela. Por sua vez, a página inicial tem a tarefa de explorar links internos para redistribuir sabiamente a autoridade orgânica que o site recebe dos links externos de entrada para as páginas mais importantes.
Na prática, a otimização de uma página web passa por diversos fatores. Primeiramente, otimize os URLs, ou seja, os endereços para acessar uma página. A estrutura de um URL é crucial para os buscadores, pois reflete a própria dinâmica do site e sua subdivisão em categorias e subcategorias.
Por sua vez, os URLs devem conter as palavras-chave, pois permitem ao usuário (e aos robôs) entender de imediato o tema da página. Portanto, eles devem ser diretos e sem rodeios.
Outro fator muito importante é o título da página, que é uma espécie de meta informação. No Google, o título é aquele que aparece em azul nas pesquisas e, atualmente, deve ter conter entre 55 e 60 caracteres.
A meta descrição é, assim como o título, o elemento que mais desempenha a função de chamar a atenção das pessoas. Mesmo que não afete diretamente o posicionamento no Google, a meta descrição se torna uma aliada fundamental para elevar a taxa de cliques. Para isso, é importante que cada página esteja associada a uma descrição otimizada e cativante, contendo as palavras-chave principais daquele conteúdo.
Atualmente, o comprimento recomendado para a meta descrição é de 155 caracteres, incluindo espaços.
Os títulos ajudam os motores de busca a compreender o conteúdo da página e, assim, classificá-lo. A numeração hierarquiza os conteúdos: vai de H1, que identifica o título do conteúdo da página, até H6, utilizando a numeração crescente para se referir aos subtítulos.
É fundamental que o H1 esteja presente em todas as páginas do site, que seu conteúdo seja único e que contenha a palavra-chave. Os marcadores H2 em diante devem ser usados respeitando a ordem hierárquica e devem fornecer uma descrição clara do conteúdo que antecipam.
Lembre-se de trabalhar com parágrafos curtos. Além de ser mais agradável para a leitura do usuário, também é um fator de ranqueamento. Ou seja, quando um conteúdo possui parágrafos muito grandes, os robôs podem entender que se trata de uma página difícil ou ruim de ler, então, prejudicará seu posicionamento orgânico.
As imagens fazem com que os recursos textuais do seu site contribuam positivamente para o seu posicionamento orgânico no Google.
Agora, você já sabe que keyword stuffing é uma prática de SEO ruim e que não adianta encher uma página de palavras-chave de forma exagerada e sem contexto. Com certeza, o trabalho dos profissionais de SEO não é fácil, mas, se bem feito, traz bons frutos a médio e longo prazo.
Aqui na Pandartt, somos especialistas em marketing de conteúdo otimizado para SEO (sem keyword stuffing, é claro!). Traçamos estratégias personalizadas e focadas nas necessidades de cada cliente. Vamos crescer juntos? Clique aqui para entrar em contato e solicitar um orçamento gratuito.